A maioria das pessoas, a partir dos 40 anos, pode apresentar algum tipo de problema no ombro, que pode provocar dores e uma limitação dos movimentos.

As doenças no ombro são frequentes e afetam a articulação, os músculos e seus tendões, ou os nervos do ombro.

Sendo assim, elas englobam patologias tais como traumatismos, problemas inflamatórios ou ainda calcificações.

Independente de qual seja o problema, a melhor opção sempre é consultar um ortopedista especialista em ombro, principalmente para o quadro não se agravar e dificultar assim o tratamento.

Por isso, preparamos aqui um Guia Completo com as principais doenças que podem atingir os ombros.

Capsulite Adesiva ou Ombro congelado: o que é e como tratar?

Primeiramente, a capsulite adesiva, também chamada de ombro congelado, consiste em uma rigidez articular progressiva, causando perda dos movimentos do ombro.

É mais comum em mulheres, e geralmente acomete pessoas entre os 40 e 70 anos.

Pode ter origem em uma lesão no ombro, traumatismo na região, após uma cirurgia ou mesmo não ter causa definida.

No entanto, alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver capsulite adesiva, como diabetes, doenças cardíacas e uma personalidae com tendência à depressão e ansiedade.

Apenas um médico especialista em ombro é capaz de fazer o diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado, que pode variar de médico para médico.

Assim ele indicara o que você deverá fazer, sé é necessário operação e como se alimentar bem antes e depois do procedimento

Podem ser prescritos anti-inflamatórios, analgésicos, infiltrações e sessões de fisioterapia.

Portanto, são raros os casos onde a indicação é cirurgia, que tem o objetivo de liberar a articulação, geralmente feita com o uso de artroscopia. 

Artroplastia ou Prótese do ombro: quando é indicado?

A prótese do ombro é menos frequente que aquela do joelho ou quadril.

É indicada em caso de artrose, que constitui uma degeneração da cápsula articular, principalmente da cartilagem que se encontra entre os ossos, se manifestando por dores e dificuldade de movimentos.

As causas das dores são variadas, como por exemplo:

  • Infecciosas;
  • Devido a uma luxação ou uma fratura traumática;
  • Desgaste de uma prótese anterior;
  • Inflamação dos músculos vizinhos.

É essencial ouvir a opinião de um ortopedista especialista em ombro, para avaliar a origem da patologia, mas também para otimizar o tratamento.

Manguito rotador: o que é e como tratar manguito rotador?

Primeiramente, o manguito rotador é um conjunto de quatro tendões, localizados no ombro e que envolvem a cabeça do úmero, que é a parte superior do braço, o qual se articula à escápula. 

Tem a função de realizar movimentos de elevação e rotação do braço, sendo responsável por dar estabilidade ao ombro.

As lesões nessa região costumam ocorrer devido a uma inflamação decorrente de desgaste, irritação ou por um impacto devido ao uso excessivo da articulação, muito comum em atletas ou profissionais que carregam muito peso.

Após a avaliação clínica do paciente e dos sintomas, assim como a frequência e intensidade da dor, juntamente com exames de imagem, o ortopedista especialista em ombro fará o diagnóstico e a partir daí, indicar o tratamento.

Por isso, no início, o tratamento consiste em analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar a dor, além de repouso. Se o especialista achar necessário, pode recomendar fisioterapia.

Entretanto, no caso do tratamento clínico não surtir efeito, o tratamento cirúrgico pode ser indicado, e com as técnicas de medicina cada vez mais evoluídas, o manguito rotador tem sido tratado com artroscopia.

Tendinite calcária do ombro: o que é e qual melhor tratamento?

A tendinite calcária, também chamada de tendinite calcificada, ocorre quando há deposição de cristais de cálcio nos tendões do manguito rotador.

Com o tempo, o resultado é muita dor e o paciente apresenta muita dificuldade em executar os movimentos de articulação.

Por isso, é mais comum em pessoas ao redor dos 40 anos, e particularmente em mulheres, cuja causa não está associada a traumas ou outras doenças.

Portanto, geralmente, para fazer o diagnóstico, o ortopedista de ombro vai solicitar raio-X e talvez uma ressonância magnética, apenas para confirmar ou descartar outra doença.

Sendo assim, muitas vezes, o tratamento com analgésicos, repouso e fisioterapia é capaz de reverter o quadro.

Porém, existem casos onde a indicação é a cirurgia, com a finalidade de remover o depósito de cálcio do tendão, procedimento normalmente realizado por artroscopia.

Epicondilite lateral do cotovelo: quais os sintomas e como tratar?

Primeiramente, também conhecida por Cotovelo de tenista, a epicondilite lateral do cotovelo se trata de uma irritação do tecido que liga o músculo do antebraço ao cotovelo.

A dor ocorre na face lateral do cotovelo (epicôndio lateral), onde se localizam seis tendões, os quais são responsáveis pela supinação do antebraço e extensão dos punhos e dedos.

Geralmente é decorrente de movimentos repetitivos, como a prática de tênis ou outros esportes com raquete, que exige extensões do cotovelo ou elevação do antebraço.

O principal sintoma é a dor no cotovelo, a qual pode variar de intensidade de pessoa para pessoa e podem piorar com as atividades diárias. Pode surgir também uma sensação de queimação, e um inchaço na região afetada.

O diagnóstico é feito por um ortopedista especialista em ombro, que além do exame clínico, pode solicitar exames adicionais.

Para tratar a epicondilite lateral do cotovelo, o tratamento conservador permite resolver entre 80 a 95% dos casos, que basicamente é aplicação de gelo, repouso, anti-inflamatórios, fisioterapia e uso de ortóteses.

Caso os sintomas persistam após 12 meses de tratamento, a recomendação é a cirurgia, que envolve a remoção do músculo lesionado e a restauração do músculo saudável ao redor do osso.

No entanto, apenas o ortopedista é capaz de afirmar se a indicação mais eficaz é a cirurgia.

Bursite no ombro: quais os sintomas e como tratar?

A bursite é uma inflamação das bursas, pequenas bolsas que ficam entre os ossos, músculos e tendões, que têm a função de evitar o artrito.

Isso porque, contêm uma membrana composta por líquido sinovial, que é o que lubrifica as articulações.

Ao executar movimentos repetitivos, a tendência é o corpo aumentar a produção de líquido sinovial, o que faz com que a bursa aumente de volume, causando inchaço, dor, e, às vezes, vermelhidão no local.

A dor é mais intensa ao movimentar o ombro ou mesmo apalpá-lo.

Como tratar a bursite?

Na maioria dos casos, fazer repouso, aplicar compressas de gelo, uso de anti-inflamatórios e fisioterapia apresenta uma ótima resposta.

E raramente a indicação é cirurgia, onde há a retirada da bursa.

Tendinite do Bíceps: quais as causas e o melhor tratamento?

Primeiramente, a tendinite do bíceps, também chamada de tendinite bicipital, se trata de um processo inflamatório no tendão que liga a parte superior do bíceps ao ombro.

É caracterizada por dores no ombro, inchaço e em casos mais graves, limitações do movimentos.

É uma lesão que ocorre devido a um desequilíbrio muscular entre as duas estruturas do braço, os rotatores externos e internos.

Também pode ser causada pelo uso excessivo do bíceps, comum em atletas, e em razão de movimentos executados de forma inadequada, e raramente, decorrente de doenças autoimunes.

Quanto ao tratamento, o ortopedista de ombro, após confirmar o diagnóstico, segue o tratamento convencional:

  • Repouso;
  • Aplicação de gelo;
  • Uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos;
  • Fsioterapia.

Após a recuperação, o médico vai fornecer as orientações para que a tendinite não volte, e em raros casos, a prescrição é cirurgia, que tem por objetivo reparar o tendão machucado ou descomprimir a pressão.

Tendinopatia no ombro: o que é e como tratar?

A tendinopatia no ombro ocorre devido a uma inflamação dos tendões que constituem os músculos e articulações do ombro.

Na maioria das vezes, afeta o ombro associado ao membro dominante, ou seja, direito para os destros, e esquerdo para os canhotos.

É comum em praticantes de esportes por conta do excesso de carga e movimentos repetitivos com os membros superiores.

Também é decorrente do desgaste natural dos tendões, mais frequente em pessoas com idade mais avançada.

Na maioria dos casos, para tratar a tendinopatia no ombro, o ortopedista especialista em ombro segue o tratamento convencional, com o uso de medicamentos para reduzir a inflamação, compressa de gelo, repouso e fisioterapia.

Contudo, caso esse tratamento não apresentar resultados, torna-se necessária a cirurgia, mas apenas em último caso.

Síndrome do Desfiladeiro Torácico: quais sintomas e tratamento?

A Síndrome do Desfiladeiro Torácico ocorre quando há a compressão dos nervos ou vasos sanguíneos localizados entre a clavícula e a primeira costela, originando dores no ombro ou formigamento nos braços e mãos.

É uma patologia que acomete mais as mulheres, particularmente após um acidente de carro ou que sofreram lesões repetitivas no tórax. Por isso, é preciso ter alguns cuidados na direção desde os pneus calibrados até a manutenção em dia.

Além de dores no ombro, braço e pescoço, outros sintomas incluem:

  • Dificuldade para movimentar os braços;
  • Por conta da má circulação, mãos e dedos podem ficar roxos;
  • Dor na lateral da cabeça;
  • Fraqueza nos braços;
  • Sensação gelada nos braços;
  • Dificuldade em executar atividades que exijam a elevação dos membros superiores.

É essencial procurar um médico especialista em ombro para o diagnóstico correto e orientar quanto ao tratamento mais adequado.

Após avaliação do quadro, ele vai avaliar a necessidade ou não de cirurgia.

Sendo assim, no caso do tratamento tradicional, recomenda-se o uso de medicamentos para aliviar as dores e exercícios para melhorar a postura.

Portanto, vale lembrar que é um tratamento que pode durar alguns meses para obter os resultados desejados.

Fratura no ombro: quais as causas e o que fazer?

Primeiramente, o ombro é composto por três ossos: o úmero, a clavícula e o omoplata.

Falamos de fratura no ombro quando a extremidade superior do úmero é fraturado, sendo o tipo de lesão mais frequente do membro superior.

Elas ocorrem geralmente após uma queda sobre o ombro, e mais comuns em idosos, os quais são mais fragilizados em razão da osteoporose.

Por isso, em pessoas mais jovens, são decorrentes de traumatismos violentos, como queda ao fazer um esporte, acidente de carro, etc.

Sendo assim, fraturas no ombro podem acarretar sérias consequências sobre a mobilidade dessas articulações, e por consequência, de todo o membro superior.

São traumatismos que exigem um tratamento de urgência e geralmente, a recuperação é longa.

O ortopedista especialista em ombro vai solicitar exames de imagem para definir o melhor tratamento.

Portanto, podem-se tratar as fraturas sem desvio com imobilização em tipoia. Já as fraturas com desvio devem-se cuidadosamente avaliadas e podem exigir tratamento cirúrgico.

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Avatar de César Walsh

Economista e financeiro com vasta experiência em grandes hospitais, César Walsh, atualmente, dedica-se como hobby a produzir conteúdos na área da saúde, compartilhando insights no Ortopedista de Ombro blog.